As dívidas são um problema antigo para os consumidores brasileiros e o quadro agravou-se ainda mais em decorrência da pandemia de Covid-19.
De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o número de famílias endividadas no país alcançou 67,5% em abril, o que representa um crescimento de 0,2 ponto percentual em relação ao mês de março.
Deixar as dívidas para trás pode não ser uma tarefa simples, mas algumas dicas podem ajudar a colocar as finanças em ordem e sair do vermelho. Confira:
1 – Entenda a sua dívida
Nada de continuar ignorando as dívidas, chegou a hora de avaliar o tamanho do problema para que possa traçar a melhor solução. é preciso entender exatamente quanto deve, para quem, e o mais importante, a quanto tempo.
A maioria das dívidas cresce com o passar do tempo devido a cobrança de juros, por isso, é importante falar com os credores para descobrir o valor devido atualizado. Nesse momento, você não deve pagar o valor total ou iniciar as negociações, primeiro entenda exatamente quanto deve, para então traçar uma estratégia para quitar as dívidas.
2 – Compreenda a sua renda
Depois de entender o tamanho e gravidade das dívidas, chegou a hora de entender também a renda mensal, ou seja, quanto dinheiro entra na conta todo mês. Isso é necessário para que você defina se será possível negociar a quitação das dívidas utilizando sua renda ou se será necessário buscar uma renda extra ou um empréstimo.
Nessa etapa, você deve colocar no papel todas as entradas de dinheiro, seja salário, no caso de quem trabalha em regime CLT, ou lucro médio, no caso de empreendedores ou autônomos.
Entendido o que entra de dinheiro, registre tudo que sai em gastos fixos e indispensáveis como aluguel, condomínio, energia, água e mercado. Em seguida, anote os gastos variáveis, que poderão ser reduzidos ou cortados em caso de necessidade.
3 – Controle seus gastos
Fazer sobrar dinheiro da renda mensal é indispensável para quem precisa sair do vermelho. Por isso, o próximo passo é cortar os gastos desnecessários e reduzir despesas.
E antes que você pense que essa vai ser uma etapa super complicada e sofrida, saiba que existem formas de economizar nos gastos sem abrir mão do lazer, tomando atitudes simples como atualizar a planilha de orçamento com frequência, revisar despesas e pacotes contratados e substituir programas de lazer por opções mais baratas e até gratuitas.
4 – Organize seu orçamento (regra 50|30|20)
Uma das maneiras de organizar o orçamento é utilizando a regra 50|30|20, funciona assim:
- 50% da renda para gastos fixos e indispensáveis;
- 30% da renda para despesas não fundamentais, como lazer e estilo de vida;
- 20% da renda para poupar e investir.
5 – Descubra quanto pode direcionar para pagamentos de dívidas
Conhecendo bem o seu orçamento, o tamanho das dívidas e a sua renda, chegou a hora de definir quanto dessa renda mensal pode ser direcionada para o pagamento das dívidas.
Por lei, empréstimos e financiamentos não podem comprometer mais de 30% do salário ou renda. Seguindo a mesma lógica, o ideal é que a fatia separada para a quitação de dívidas também respeite esse limite.
6 – Negocie com os credores
Chegou a hora de negociar! Entre em contato com as empresas credoras e negocie as melhores taxas, descontos para pagamento à vista ou parcelamentos, caso essa seja a melhor opção para você. Fique de olho nas promoções oferecidas pelos órgãos protetores de crédito e aproveite qualquer oportunidade de quitar ou iniciar o pagamento dos débitos.
7 – Avalie consolidar suas dívidas em uma mais barata
Se você tem várias contas em aberto, com vários credores e não consegue, com recursos próprios, quitar ou negociar todas aos mesmo tempo, pode ser uma boa ideia adquirir um empréstimo para consolidar as dívidas em apenas uma com taxas de juros mais baratas e possibilidade de pagar em mais tempo, isso deixará a parcela mensal menor e dará um fôlego extra no seu orçamento.
O empréstimo com garantia de imóvel é uma excelente opção para quem precisa consolidar várias dívidas. Faça uma simulação e confira as condições.
8 – Cuide das finanças
Depois de se reorganizar, quitar ou consolidar as dívidas e colocar a vida financeira nos eixos, mantenha a organização para evitar voltar ao endividamento. Mantenha a planilha de orçamento atualizada, os gastos sob controle e conte com as dicas de educação financeira da + Fôlego para ficar no azul.