Sair do vermelho. Essa expressão tem sido muito falada por aí. Isso porque as dívidas têm se tornado uma realidade para muitos brasileiros, principalmente nos dois últimos anos. De acordo com uma pesquisa da Confederação Nacional de Bens, Serviço e Turismo (CNC) , divulgada no início de setembro, o endividamento das famílias bateu novo recorde em agosto e a inadimplência é a maior dos últimos 10 anos.
O percentual de famílias endividadas subiu para 67,5%, novo recorde histórico da série iniciada em 2010. O indicador considera dívidas com cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro.
Muitos fatores influenciam no endividamento e nem sempre é fácil sair dessa situação, mas algumas práticas e atitudes podem ajudar. Trazemos aqui 10 dicas para você sair do vermelho e deixar as finanças em dia. Vamos lá?
1 – Descubra a dimensão de sua dívida
Este é o primeiro passo para começar a ajustar as finanças. Entender o tamanho do problema e conhecer todas as suas dívidas. Tente colocar no papel quanto e onde você deve e os juros cobrados por cada coisa. Você pode fazer isso olhando para a sua fatura do cartão, o extrato da conta, os últimos boletos que pagou, entre outras formas.
Nessa etapa você não precisa se preocupar em pagar tudo, ok? Apenas conheça o problema, respire fundo e comece a planejar.
2 – Entenda quanto você ganha e gasta por mês
Você sabe o quanto deve, então agora é preciso entender o seu orçamento mensal. Comece anotando tudo que você ganha mensalmente, seja seu salário líquido, um dinheiro extra ou qualquer outra fonte de renda.
Anote também seus gastos fixos e variáveis, ou seja, tudo que você precisa pagar mensalmente. Isso é indispensável para você entender quanto do seu dinheiro está comprometido.
3 – Corte gastos onde você conseguir
Essa é uma das partes um pouco desagradáveis. Para melhorar, é preciso alguns sacrifícios. Tente criar uma esquema mental do que é realmente necessário e o que pode ser cortado dos seus gastos. Claro, não deixe de fazer as coisas que gosta também, ok?
Avalie, por exemplo, se é possível reduzir o consumo de luz e água, ou até mesmo suas assinaturas de serviços de streamings.
4 – Crie uma lista de prioridades e priorize as maiores dívidas
Você sabe a dimensão do problema, o quanto ganha e gasta por mês e quais são as coisas que pode cortar/reduzir. Agora, priorize as dívidas que mais comprometem seu orçamento.
Esse tipo de dívida é responsável pelas chamadas “bolas de neve”, ou seja, contas que se acumulam e devido aos altos juros mensais sobem de valor muito rapidamente, tornando a quitação cada vez mais difícil.
5 – Tente negociar suas dívidas
Com as contas mensais organizadas e conhecendo todas as suas dívidas, chegou a hora de começar a desenhar estratégia de quitação desses valores.
Entre em contato com os credores e negocie os pagamentos. Sempre é possível conseguir descontos para pagamentos à vista e parcelamentos, caso você não disponha de todo o dinheiro para a quitação.
6 – Pense em substituir dívidas mais caras por dívidas mais baratas
Se você está sem dinheiro para pagar as dívidas ou está inadimplente, mas seus ganhos estão quase que completamente comprometidos, considere substituir dívidas caras e que comprometem muito da sua renda mensal, por dívidas mais baratas, com taxas de juros mais baixas e com parcelas que darão um mais fôlego no seu orçamento.
Uma ótima opção para isso são as linhas de crédito com garantia imobiliária. Nesse tipo de empréstimo, você apresenta um imóvel como garantia na transação (caso tenha um) e consegue taxas mais baixas e prazos mais longos para pagamentos, o que possibilita a liberação de valores mais altos com parcelas mensais mais baixas.
Simule seu crédito com garantia de imóvel.
7 – Reorganize as finanças
Depois dos primeiros passos (negociando, parcelando, quitando ou substituindo por uma dívida mais saudável), o ideal é que você crie ou atualize suas planilhas financeiras.
Em breve traremos aqui no blog um modelo para você seguir, caso não tenha um.
Você negociou contas mensais, trocou planos e substituiu dívidas, por isso, para evitar perder novamente o controle das finanças, revise e reorganize o seu controle mensal, seja ele via planilhas, aplicativos ou no caderninho. O importante é ele estar atualizado.
8 – Explore formas de ter uma renda extra
Suas finanças podem começar a tomar um rumo diferente e mais saudável a partir de uma reorganização de gastos e ganhos, mas você não pode parar por aí. Explorar novas formas de ter uma renda extra e complementar seus ganhos mensais é um jeito de evoluir na sua vida financeira. Pense que existem infinitas opções, então basta você escolher a que mais faz sentido para você. Aqui vão alguns exemplos:
- Produzir e vender docinhos e salgados
- Limpar terrenos e residências de terceiros.
- Colocar-se à disposição para serviços em plataformas como a GetNinjas
9 – Criar sua reserva de emergência
Gastos inesperados ou quedas na receita acontecem e para evitar que esses contratempos causem mal estar financeiro e endividamento é preciso estar preparado.
Para tal, considere criar uma reserva de emergência, que nada mais é que um montante de dinheiro que você poupa e guarda para eventualidades.
10 – Evitar compras parceladas
Com as contas em dia ou negociadas, que tal evitar novas contas a longo prazo por um tempo? Dê prioridade para compras à vista. E se realmente precisar comprar algo mais caro e parcelado, planeje essa compra com cuidado, considere juros, se houver, o comprometimento do seu orçamento mensal e o tempo que vai levar para quitar o valor.
Afinal, planejamento é a chave para evitar gastar mais do que pode pagar e acabar se endividando novamente.
Gostou das dicas? Então fique por dentro das novidades no Blog do +Fôlego!